segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

GREVE NA GLOBOAVES EM CASCAVEL PR


TRABALHADORES (AS) DA AVÍCOLA GLOBOAVES DE CASCAVEL (PR) ENCERRAM GREVE

Sindicato e empresa entram em acordo e põem fim 
ao movimento grevista



Rui Amaro Gil Marques
Assessoria de Comunicação da FTIA PR e sindicatos filiados


Após 2 dias de paralisação dos funcionários (as) da avícola Globoaves de Cascavel, sudoeste do estado, decidiram por acatar a decisão do sindicato SINTIACRE, representante da categoria, que aceitou a proposta apresentada pela direção da empresa de reajuste salarial, piso e cesta básica e, desta forma voltaram ao trabalho pondo fim a greve na tarde desta terça-feira (04).

Inicialmente os trabalhadores reivindicavam um piso salarial de R$935,00, cesta básica de R$130,00 e reajuste de 9% para os demais salários fora do piso.  Em contra partida a empresa apresentou a proposta de R$850,00 de piso, cesta básica de R$130,00 e reajuste de 8,5% para os demais salários fora do piso acrescentado de uma ajuda escolar de R$50,00 para os trabalhadores com filhos com idade até 14 anos devidamente matriculados na rede escolar.  Essa proposta foi posta em discussão pelo sindicato a todos os trabalhadores grevistas e não grevistas, sendo aprovada por aclamação apesar dos protestos de alguns líderes do movimento que discordaram desse encaminhamento do sindicato.  Para eles somente os que decidiram entrar em greve é que deveriam decidir.


 Assédio Sexual e Assédio Moral


Dentre reclamações apresentadas pelos trabalhadores, principalmente pelas trabalhadoras, estão o assédio moral utilizado pelos encarregados dos setores para conseguir o aumento da produção.  A Globoaves abate diariamente 140 mil aves.

O assédio sexual também é constante dentro da empresa segundo as trabalhadoras, que se dizem obrigadas a ceder as “cantadas” de alguns encarregados. Caso não aceitem afirmam que sofrem perseguições dentro da empresa.  O que tem gerado um mal estar geral porque já foram feitas várias reclamações para a gerência e para o sindicato e, até o momento, nenhuma ação foi tomada para coibir esses abusos.

O sindicato explica que todas as denuncias recebidas foram encaminhadas ao Ministério Público e que sempre tem cobrado da empresa uma solução para esses problemas. “Não estamos de braços cruzados. O sindicato tem feito o possível para defender essas trabalhadoras e coibir abusos”, afirmou a presidente Sonia Maria.


FGTS não depositado

Outra reclamação dos trabalhadores é o de a empresa não estar fazendo os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).  Muitos têm procurado o sindicato para reclamar.  A presidente do SINTIACRE Sonia Maria confirma essas informações e afirmou que a assessoria jurídica do sindicato já tomou as medidas legais para garantir que os direitos de todos os trabalhadores sejam respeitados pela empresa.  A gerência da Globoaves informou que a empresa passa por um período de crise causada pela alta dos preços da ração, mas que já se comprometeu em resolver todas as pendências com os seus funcionários. Para os 2 mil funcionários da empresa isso não justifica o desrespeito contra os seus direitos garantidos por lei.

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